Matéria – 08/01/10 – O Palco das ilusões

 

                      O Palco das ilusões

Prof. Ms.   Myriam Marques


Nenhum tempo pode ter sido mais complexo quanto este que estamos vivendo. É o que  convencionou chamar de movimento global¨ Movimento este que vem deslocando o objetivo da existência humana na terra. Michel Focault chama a isto “Patologia Histórica” onde o elemento essencial sofreu mutações diversas produzindo  o Homem- Máquina e ou criando seres mutantes que ora são pessoas, ora animais.O mais incrível é que tudo passa a ser encarado como normalidade. São técnicas que servem de armas e matam a liberdade, suplantando o que de melhor existe da essência humana. Toda essa genealogia da alma moderna produz uma tristeza tão intensa que vem adoecendo corpos e mentes. Todos podem dizer que essa tristeza é do tipo grave, pesada, uma carga que petrifica os sentimentos. Medem, limitam, aniquilam a alma, sendo, em verdade, reações contra a vida vigorosa e exuberante que todos têm o direito de usufruir. E se trata de uma tristeza imensa, tão duradoura, que nos leva à exaustão ou a esse conformismo mórbido-patético que impera em nossas sociedades. Disso podemos guardar algumas referências essenciais no contexto local.                   

                              Anápolis vive hoje essa morbidez gerada pelo controle generalizado das opiniões. Pelo silêncio comprado. Pela inércia da verdade camuflada, ofuscada pelas luzes multicores e pela tempestade de informações que apostam na positividade, mas não mostram a realidade. É como se de repente houvesse o grande milagre!!! A cidade num piscar de olhos, tornou-se o paraíso!!! Será que fomos tomados por um arrebatamento? Estaremos todos no céu?Todos os nossos problemas se acabaram?

Se formos estudar tal metamorfose, seremos mais uma vez interpretados como negativistas e criadoras de caso! Terminaremos por sermos eliminados desta sociedade unilateral, indivisível, totalitarista, radical e centralizadora, que domina pela imposição, controla pela articulação e elimina por preservação. É óbvio que queremos acreditar em tempos melhores! Queremos sonhar com uma cidade mais igual! Queremos construir uma sociedade mais justa! Só que não podemos tapar o sol com a peneira e, simplesmente fingir que tudo são flores. A verdade é que os que se fazem de cegos são aqueles que vivem em função de seus próprios interesses. Comungam de interesses comuns entre seus pares. Pensam em si mesmos e, não na coletividade. Fazem com a mão direita e pedem com a esquerda.


A nós que temos consciência crítica, resta a esperança! Aos caros colegas funcionários públicos e aposentados resta aguardar que alguém neste paraíso os enxergue!!! Nosso pensamento é de que podemos  e devemos elogiar o trabalho feito com dignidade. Não admitiremos porém sermos alienados, cegos diante  da clara visão que temos do processo tirânico do poder pelo poder.

Prof. Ms. Myriam Marques

Presidente do Conselho Municipal de Assinstência Social

 

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