TUDO PASSA, MAS AINDA NÃO PASSOU.
“ Nada do que foi será De novo do jeito que já foi um dia Tudo passa Tudo sempre passará… Musica: Como uma onda (Lulu Santos / Nelson Motta) |
Os servidores públicos da administração centralizada da prefeitura estão procurando o Sindianápolis ansiosos por uma definição do atual governo em relação a reposição salarial. Informamos que a administração tem nos recebido mas ainda não se posicionou oficialmente. A diretoria do sindicato tem dado um voto de confiança ao novo prefeito por saber que ele, mais do que nenhum outro político, conhece a realidade do servidor. Nos últimos cinco anos ele esteve, literalmente, lado a lado dos servidores subindo a Av. Goias e descendo a Av. Barão do Rio Branco acompanhando nossas mobilizações com o objetivo de sensiblizar a população anapolina contra a desastrosa política salarial da administração anterior. Em diversos momentos subiu à tribuna da Camâra em defesa da causa dos servidores se fazendo merecedor da confiança por nós hoje depositada.
Apesar de passada a página do governo anterior as consequências de suas ações administrativas assombram a vida dos servidores e justificam a grande expectativa depositada neste governo que ora inicia.
Desde a aprovação do Plano de Cargos e Salários em 1992 até abril de 2006 os salários dos servidores vinham recebendo automaticamente a reposição salarial na mesma data base e com os mesmos índices concedidos pelo Governo Federal ao salário minimo. A partir de abril de 2006 estiveram congelados até novembro de 2008 quando foi concedido uma reposição de 8,46%. Neste mesmo período o salário mínimo teve um aumento acumulado de 32,86%, o INPC (Indice Nacional de Preços ao Consumidor) teve uma variação de 14,50% e, obviamente o resultado não poderia ser mais desastroso para os servidores que viram seus salários perderem, a olhos nus, o seu poder de consumo.
O achatamento é real e com certeza está comprometendo a vida de nada mais nada menos do que sete mil famílias, chegando à casa de trinta mil pessoas diretamente envolvidas neste massacre salarial. Dá para entender a ansiedade e frustração dos servidores que ao receberem seus contra-cheques observam perplexos o distanciamento de seus salários da realidade econômica do mercado.
O compromisso do atual prefeito com a conclusão do Plano de Cargos e Salários já iniciado na administração anterior está caminhando em passos lentos, pois até o momento não conseguimos a nomeação da comissão para conduzir os trabalhos. O objetivo principal deste plano é possibilitar a capacitação dos servidores e sua efetiva valorização. Partindo do pressuposto de que este objetivo só se concretizará em um médio prazo torna-se urgente o encontro de alternativas para resgatar de imediato as perdas salariais.
Embalados na melodia de Lulu Santos temos a confiança que os embates conflituosos e as dificuldades de negociação com os gestores públicos é coisa do passado, pois tudo passa e já passou. “Tudo muda o tempo todo no mundo …” e em Anápolis também mudou.
Nossa esperança reside na coerência da trajetória política do atual prefeito e nos compromissos firmados moralmente por ele com a causa dos servidores públicos ativos e aposentados.
Regina de Faria Brito
Presidente SINDIANÁPOLIS –
www.sindianapolis.org