Matéria – 06/11/06 – Um pouco de história

Um Pouco de História

Talvez a história do movimento sindical na Prefeitura de Anápolis não seja conhecida de boa parte de seus funcionários. Assim, nos propomos registrar algumas anotações que poderão resgatar valores e lembranças que se perderam no tempo, e que não podem cair no esquecimento.

Em 28 de março de 1973, à sombra de uma árvore à frente da antiga SEMSURB, onde hoje funciona o SENAC na Avenida Senador José Lourenço Dias (Avenida Contorno), um grupo de funcionários municipais, constatando a necessidade de ter uma entidade que os representasse, defendendo seus direitos, resolve fundar a “Associação dos Funcionários e Servidores da Prefeitura Municipal de Anápolis”. Nascia, ali, o primeiro movimento organizado para fazer frente às injustiças e maus procedimentos de governantes que viram as costas aos seus verdadeiros colaboradores. Que transformam promessas de campanha em frustrações e decepções para todos os que se iludem com falsos princípios. Saber que esta ainda é a realidade perturbadora de nossas vidas, é a razão de lembrarmos o resultado de nossas lutas, de continuarmos buscando a solução para problemas novos e antigos.

O primeiro Presidente da Associação foi Honorato Palhares, a quem coube organizar a instituição e dar os primeiros passos da ação sindical na Prefeitura. Em mandatos seguintes lhe sucederam Dona Eney de Faria, por três períodos, e Saul da Semsurb.

Em 21 de abril de 1989, quando eleita Claudete dos Santos Lima como Presidente da Associação, resolveu-se fundar o Sindicato dos Funcionários e Servidores, tendo se decidido pela unificação do movimento sindical.

A partir daí o Sindicato cresceu muito, chegando a possuir sede própria e desenvolver grande trabalho assistencial aos associados. Entretanto, devido a problemas de gestão, principalmente causados pela teimosia da Administração Municipal em insistir com procedimentos que sempre trouxeram prejuízos a todo o funcionalismo, e também à Cidade, o movimento sindical se enfraqueceu muito. A sede própria foi perdida, em pagamento de contas assumidas pela Diretoria, o quadro de associados praticamente se desfez, seguindo-se mais duas administrações, à frente Randal Ferreira. As contas destas duas gestões até hoje aguardam esclarecimentos nunca prestados.

Em 2003, tempo de péssimas lembranças na administração do prefeito cassado, surgiu o Movimento Respeito Já. Um grupo de funcionários, cansado de ver o descontrole da situação, da ocorrência, a cada dia, de novas injustiças e desvarios na Administração, se organizou, convocou os servidores municipais à luta, saiu às ruas, obteve o apoio da Comunidade e resultou no que sabemos. Como “sub-produto” da ação para mudar a Administração, deu-se o fortalecimento do Sindicato Municipal, então inoperante e incapaz de fazer frente aos problemas que se apresentavam. Convocaram-se novas eleições, às quais concorreram quatro chapas, saindo vencedora a Respeito Já, composta pelo grupo que liderou este movimento.

Hoje, sob a Presidência de Dona Eney de Faria, já com o nome consolidado de Sindianápolis, o movimento sindical segue na defesa incansável dos direitos e desejos dos associados. Árduo trabalho se desenvolveu, contra muitas arbitrariedades da atual Administração, com algum resultado prático. Entretanto, como muito pouco do que foi prometido pelo prefeito se realizou, e a permanência de problemas crônicos ainda cobra uma ação sindical positiva, aproveitamos esta oportunidade para lembrar que novas eleições se aproximam, quando necessário se faz o fortalecimento do Sindianápolis, com a eleição de uma nova Diretoria que possa dar seguimento aos trabalhos em curso. Devemos nos lembrar que foi o movimento sindical um dos responsáveis diretos pela mudança da história recente de nossa Cidade, e que, se continuamos insatisfeitos com os resultados até aqui alcançados, se vemos a continuidade na falta de respeito e de sensibilidade pelos administradores, insistindo em erros bem caracterizados, temos que revigorar nossas forças, mostrando do que somos capazes. A adequada resposta do funcionalismo, através de seu Sindicato, é mais que simples reação aos desmandos administrativos: é questão de civismo, de manutenção de nossa integridade como cidadãos!

 

Engº Dido Gonzaga Jaime – Diretor do Sindianápolis

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