Matéria – 31/03/07 – Saulo, Saulo, Porque me persegues

“Saulo, Saulo, porque me persegues?”

Atos 9, 4

 

A administração Pedro Sahium é sem sombra de dúvidas (e em vários sentidos) a pior dos últimos cem anos. Os “buracos” das ruas se reproduzem também em nossas vidas, nossas emoções e mentes.

Neste sentido, vimos acompanhando de perto a trajetória de nossa colega fiscal da Receita Municipal, Elane Régia Ribeiro. Mesmo porque é difícil alguém ter contato com ela sem a notar. Exuberante, espalhafatosa, mente rápida e fala precisa colocam sua presença em evidência por onde anda. Com certeza possui em seu mapa astral um planeta forte na terceira casa, pois o tom de voz é forte e dá às vezes mais ênfase do que o necessário ao conteúdo de seu discurso. Talvez resida aí o seu pecado. Quando o atual prefeito assumiu em 2003, me procurou muito sensibilizado e constrangido com uma atitude de “uma tal” de Elane, que participou de uma reunião reivindicatória da Associação dos Fiscais da Receita, onde, segundo ele, teria sido “agredido verbalmente” por ela. Ele estava muito constrangido por ter perdido o controle emocional, mas queria abrir uma comissão de sindicância para apurar o desacato. Desta forma colocou a mim e ao engenheiro Dido, nesta comissão para apurar os fatos. Coincidentemente, ambos éramos integrantes do Sindicato dos Servidores Públicos. Na oportunidade comentei com o Dido que aquilo assemelhava a uma armadilha e que teríamos que ter cuidado. Fiquei mais preocupada no momento em que o prefeito sinalizou que deveria haver justiça e, portanto devíamos afastar esta servidora. Vale ressaltar que a versão da Elane é outra, pois segundo ela não houve nenhum confronto entre ela e o prefeito.

Recentemente, seguindo o modelo de modernidade administrativa, cantada em prosa e verso pelo Secretario de Planejamento, Sr. Saulo , e segundo suas próprias palavras, buscando eliminar os focos de desgastes da administração, através do afastamento das pessoas que fazem sombra à administração através de atos administrativos de sindicância, novamente o nome da Elane é colocado na lista negra. Afinal ela é presidente da Associação dos Fiscais da Receita, participou ativamente dos movimentos grevistas pelo pagamento em dia dos salários e ganhou um mandado segurança que lhe garantiu o cumprimento da lei orgânica do município referente ao pagamento do salário ate o quinto dia útil vencido. Iniciou por parte da administração, um processo de assédio moral que, novamente acompanhamos de perto. Ela está de licença, em tratamento pelas conseqüências desta política ditatorial e insana, há mais de sessenta dias, e mesmo assim a Procuradoria do município mandou uma comitiva, paga com dinheiro público, em sua residência em Goiânia, forçando a barra para que ela assinasse uma intimação para ser examinada por uma junta médica, nomeada pela administração.

Será que a Procuradoria não está percebendo que estão dando provas cabais de assédio moral no trabalho? Esta conduta tão comum na historia das relações interpessoais está sempre presente em relações hierárquicas de poder em que há o autoritarismo. Normalmente é caracterizado por atos de intimidação e práticas que visam humilhar, rebaixar, intimidar o outro e representa a tirania de chefes vagamente desequilibrados em termos mentais. Trata-se de uma situação evidentemente autoritária egressa do escravismo, na qual o agressor informa sempre (irritante e persistentemente) estar trabalhando em prol do bem público.

Para Elane nossa solidariedade e total apoio, mesmo porque muitos outros desafetos da lista negra do prefeito têm sofrido as mesmas intimidações. Cito aqui, nosso amigo Fred Paraíba, presidente da Rubra, que estava cedido para a Câmara e por mais um ato ressentido do prefeito, foi colocado emitida uma portaria retornando-o à administração. Como ele possuía duas férias vencidas solicitou e seu pedido foi indeferido. Vale lembrar que quando questionamos o Sr. Ronaldo, braço direito do Sr. Saulo (Secretário de Planejamento) sobre as denúncias de Servidores que solicitam férias e não são concedidas e outros que não querem sair de férias e são forçados a sair (método também coercitivo) ele afirmou que quem tem duas férias a cumprir são obrigados por lei a tirar. Interessante que este é o caso do Paraíba e, no entanto, para ele não foi concedido, fato coerente em uma administração de um peso e duas medidas.

Saulo, Saulo, porque me persegues????

 

Regina de Faria Brito

Presidente

SINDIANÁPOLIS

www.sindianapolis.org/ Rádio Manchester toda segunda-feira às 9:00h.

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