Matéria – 23/11/10 – Colegas funcionários públicos!

Colegas Funcionários Públicos

Prof. Myriam Marques

            As sagradas escrituras trazem ensinamentos pertinentes e estimula-nos à reflexão acerca da vida do homem nesta terra, enquanto sujeitos/ criaturas de Deus.
Assim, Eclesiástico-03 faz-nos compreender que “há tempo para todas as coisas e para cada propósito debaixo do céu”. Nós funcionários públicos, cidadãos anapolinos podemos nos inserir como atores nesta cena bíblica. É que em toda caminhada de nossa vida profissional sempre passamos por momentos  de choro e tempo de riso, tempo de prantear e tempo para alegrar-nos, tempo para espalharmos pedras e tempo para ajuntá-las… tempo de calar e tempo de falar.
Em um versículo anterior, o rei Salomão, assim como nós trabalhadores chegou a um dado momento, a  declarar que: “cheguei ao ponto de me desesperar por todo o trabalho no qual tanto me esforcei debaixo do sol” (…) Em seguida retrucou: Que proveito tem um homem de todo o esforço e de toda a ansiedade com que trabalha debaixo do sol? Durante toda a sua vida, seu trabalho é pura dor e tristeza; mesmo à noite a sua mente  não descansa. (Ecles.2-21-22-23)
No contexto do labor de cada funcionário/servidor público ou não, há um esforço sobre humano, uma luta desleal, uma corrida por melhor qualidade de vida e, acima de tudo, uma batalha diária para manter-se na esteira da grande rede capitalista que produz máquinas-humanas. Nesta esteira as mercadorias “defeituosas” são postas fora.
O movimento dessas máquinas é programado. Os lotes demarcados, rotulados, lacrados e postos no mercado. Somos mercadoria de venda e troca.
Ainda assim, Salomão concluiu que “não há nada melhor para o homem do que desfrutar do seu trabalho, porque esta é a sua recompensa, embora tenha visto toda a opressão que ocorre debaixo do sol” (Ecles -3-3)
Diz Salomão: “vi as lagrimas dos oprimidos, mas não há quem os console”. Transpondo tal metáfora para a realidade atual o que vemos? Como se sentem os trabalhadores no fim de um dia inteiro de trabalho? Tristes ou felizes? Pranteando ou jubilando? Reconhecidos, valorizados e motivados para o trabalho? Ou seres amargurados, amedrontados e descrentes?
Havendo tempo para todas as coisas e sabedores que somos de que a existência humana está sujeita às contradições preexistentes, temos o consolo de que ainda podemos sorrir, brincar, dançar, festejar, embora o choro, a tristeza, o labor e as angústias nos acompanhem esperando seu tempo.
O grande rei Salomão refletindo com sabedoria reconheceu que: “ quando avaliei tudo o que minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar; percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento” (Ecles-2-11)
Então, Salomão questionou:
—- O que ganha o trabalhador com todo o seu esforço? “Tenho visto o fardo que Deus impôs aos homens”.
Senão vejamos o quanto Salomão reflete sobre como Deus fez tudo apropriado  e ao seu tempo. Ele reconhece o fardo que cada trabalhador carrega debaixo do sol, porém não se deixa abater pelo pessimismo e descobre também que não há nada melhor para o homem do que ser feliz e praticar o bem enquanto viver.
Às vésperas do dia do funcionário público vimos dizer que este é o dia para nos alegrar, afinal desenvolvemos a incrível habilidade de superação dos obstáculos e permanecemos na esteira desta indústria que produz homens- máquinas com a finalidade de sobrevivermos nesta terra.
Parabéns a todos! Sejamos felizes e pratiquemos o bem

(se conseguirmos).

Prof. Ms. Myriam Marques

Presidente do Conselho Municipal de Previdência Social

 

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