Matéria – 21/04/07 – O nascimento de uma estrela

O nascimento de uma nova estrela.

 

A semana de 15 a 21 de Abril começou com um tititi em torno da proposta do Senador Leomar Quintanilha do PMDB do Tocantins que está propondo uma emenda constitucional para prorrogar o mandato de prefeitos e vereadores até 2010 com o objetivo de coincidir as eleições para todos os cargos.

Imagine a reação que esta proposta provocou entre os Servidores Públicos Municipais ativos e aposentados. Com toda a certeza, se antes sonhávamos hoje nem dormimos preocupados com a próxima ação administrativa tendo em vista os cortes de direitos adquiridos. Quem acessar o site do sindicato e buscar as matérias de 2005 para cá vai encontrar os fatos que mostram que esta gestão nunca levantou a bandeira do servidor, ao contrario, o discurso de secretários municipais sempre foi no sentido de desmerecer o servidor efetivo e trata-lo como um móvel velho que deve ser colocado de lado, pois atrapalham o caminho dos que possuem cargo em comissão. Os aposentados??? Nem se fala, estes são verdadeiros imbróglios e não merecem os repasses dos 11% do valor retido do servidor ativo e dos 20% sobre os pagamentos, da parte patronal.

Existe uma concordância entre os servidores: Esta administração está fazendo historia, pois é a pior dos últimos 100 anos e a possibilidade de adiá-la, por mais um dia que seja já antecipa muito sofrimento. Além disto, estaria caracterizando um autoritarismo sem precedentes visto que a decisão em continuar uma administração só cabe ao eleitorado quando existe a possibilidade de reeleição.

Por falar nos aposentados, estiveram em massa pedindo socorro ao sindicato, pois a proposta da administração que soava ser um “calote” já está se concretizando como tal.

Analisemos o absurdo. Troca-se a presidência do Issa, nomeando uma servidora de carreira que no inicio do mês de fevereiro, ainda sem pagar as folhas de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2006, com o respaldo da administração promete as seguintes ações: pagar o mês em curso cinco dias após o pagamento dos efetivos, sem escalonamentos e ainda acertar os quatro meses do ano de 2006 em dez parcelas de R$700 mil repassadas religiosamente todo final do mês. Fique claro que esta proposta foi levada pela administração em uma reunião onde estavam presentes a secretária da fazenda, o secretario da saúde, da educação e do CMTT, a presidente do SINDIANÁPOLIS, do sindicato da educação, da associação dos aposentados, do Issa e de seu conselho deliberativo. Ao cobrarmos um ajuste de conduta junto ao ministério público garantindo o acordo, a presidente disse que empenhava sua palavra e que se o prefeito não cumprisse entregaria o cargo.

Não cumpriram a proposta nem no primeiro mês e a presidente do Issa ainda não honrou sua palavra. Em reunião realizada entre o presidente do Conselho do Issa e o prefeito, este afirma que não sabia do acordo, mas garantiu que iria cumprir com o que havia sido tratado. Começa aí a novela mexicana do empurra-empurra. A secretaria da fazenda diz que já repassou todo o dinheiro para o Issa e falta a educação repassar, esta por sua vez diz que já repassou tudo e não deve nada. Tenha a santa paciência, ninguém agüenta mais este jogo que possui um único objetivo: transferir responsabilidade.

Não sabendo mais a quem recorrer o aposentado foi ao Sindianápolis que sempre levantou a bandeira do aposentado, pois está ciente que a duplicação das ações desta administração transformou o Issa em um verdadeiro “buraco negro”. A situação é muito grave e enquanto o Issa funcionar como uma secretaria municipal com o presidente nomeado pelo prefeito sem autonomia e sem força para garantir o cumprimento das legislações pertinentes, estará submetido a uma política de gabinete que em nada nos interessa. O Sindianapolis, na manutenção dos direitos dos servidores segue os preceitos de um autor desconhecido: “Não devemos ter medo dos confrontos. Até os astros de chocam e deste encontro nascem as estrelas.” Parte do pressuposto que controvérsia é ação essencial em um regime democrático, só não tem espaço em um sistema fraco e/ou autoritário. No mesmo espaço onde se forma o “buraco negro” existe também a possibilidade do surgimento de uma luz que nos guiará para uma nova realidade.

Regina de Faria Brito

Presidente

SINDIANÁPOLIS

www.sindianapolis.org
Na
Rádio Manchester – segunda-feira às 9:00h.

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