SINDIANÁPOLIS
SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS E SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE ANÁPOLIS
Presidente: Eney de Faria Araújo
Vem vamos embora…
Por Regina de Faria Amaral Brito
Hoje convido ao funcionário público a olhar para o lado, sim para o nosso companheiro Zeomar não tão Gordo, mas cansado, que assina as matérias dos funcionários inativos da prefeitura. Ele é aquele que não nos permite esquecer o futuro que nos aguarda e ao nos olhar exprime o sentimento real: “Eu sou você amanhã.” Se possível acesse o site www.oanapolis.com.br e procure a edição da semana passada, a de nº 7488 p. 10, coluna do servidor da prefeitura/inativo e vejam a via crucis que ele tem passado procurando sensibilizar as autoridades acerca dos direitos de nossos colegas aposentados.
Infelizmente esta pratica não é um fato isolado, isto é Brasil, isto é Anápolis. Será que “estão apodrecendo os três poderes?” Por onde dormita os nossos direitos? Até quando vamos assistir passivamente tanto desmando tanta hipocrisia? Soma-se a isto a deturpação do uso do quarto poder. Nesta semana tivemos a presidente do Sindianápolis tremendamente humilhada e difamada por uma imprensa que se diz da “paz e do bem”, imagine quando fizer o “mal e a guerra”.
No ultimo dia 19 de Abril estivemos na Câmara de Vereadores para assistir o que deveria ser um aprofundamento e uma elucidação sobre a crise da saúde em Anápolis e sobre as denuncias sobre o uso indevido da verba federal para o uso público. O que vimos foi a imagem do que se transformou a política brasileira: uma acordo entre camaradas, um jogo de carta marcadas. Excetuando este jornal que nos recebe não existe oposição em Anápolis e segundo o dito popular toda a unanimidade é burra e antidemocrática.
Na chuvosa manhã do dia 17, segunda-feira conversando com os funcionários da infra-estrutura (já mudou de nome?) justificamos que apesar do muro de isolamento que foi construído pela “administração do dialogo” continuamos em pé. A expressão dos que ali estavam era de completa desilusão e cansaço pelo caminho torpe que a política nacional tem tomado. Ao ser questionado sobre o que o Sindicato pode fazer para transformar a situação em que o funcionário se encontra, me veio à memória o canto de esperança e luta de outras gerações:
“ Vem vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora não espera acontecer …”.
Na realidade poderíamos estar entoando o canto dos que detem o poder (inclusive o quarto poder) e afirmar que os funcionários não precisam ficar preocupados, pois depois do “choque” tudo vai mudar, teremos em seis meses o plano de cargos e salários e estes, finalmente serão pagos em dia, as contas municipais estarão todas equilibradas e a administração do dialogo quebrará os muros. Mas como o nosso compromisso é com a verdade temos que admitir que tudo vai mudar quando nós mudarmos, sairmos da letargia a qual nos encontramos, arregaçarmos as mangas e seguirmos o exemplo de nosso colega Zeomar que trilha solitário o seu caminho de porta em porta lembrando que o inativo existe e tem seus direitos. Mas aí não seremos mais um ou dois, mas milhares e a nossa voz bradará aos quatro ventos e então seremos os protagonistas de uma historia real.