Matéria – 07/04/07 – Paixão ontem e hoje

PAIXÃO ONTEM E HOJE.

 

Vivenciamos neste final de semana a Páscoa – festa central do cristianismo. Todos os anos, depois de observar os quarenta dias da quaresma, iniciado na quarta-feira de cinzas, as igrejas cristãs celebram a maior data do Cristianismo.

Jesus, ao assumir a face humana de Deus foi submetido pelos romanos a uma morte violenta, dolorosa, humilhante, sendo executado como criminoso.

Os que detinham o poder naquele tempo não acolheram a Jesus e seus ensinamentos e em não se identificando, o viram como uma ameaça. Aos olhos romanos a dimensão subversiva do ministério de Jesus através do conteúdo de suas parábolas e pela companhia que mantinha com pessoas rejeitadas socialmente, questionava os valores de seu tempo. A contradição se estabelece, pois aos olhos de Deus é intolerável o antagonismo entre os que desfrutam do status, da riqueza e dos favorecimentos do poder e os que vivem na pobreza e no desprezo.

Na cruz, Jesus, nos substituiu e sofreu a pena que merecemos pelos nossos pecados. Pecado, aqui, considerado como um processo de alienação e desumanização que se realiza através do nosso afastamento de Deus e de seus preceitos.

Na seqüência a fé na ressurreição é obviamente o tema central da tradição cristã, pois a morte não encerra a história de Jesus. O mesmo Jesus que sofreu, morreu e foi sepultado, também ressuscitou no terceiro dia. Em contraposição à dor da opressão, a ressurreição nos traz o Deus da vida, da justiça, da liberdade.

Neste tempo de conversão o solo está fértil para a mudança de mentalidade. Momento propício para voltarmos nosso olhar e pensamento para os problemas sociais que vivemos. Observamos que os postulados de Cristo, apesar de passado 2000 anos, continuam atuais. Ainda hoje nossa estrutura político-social mantem as condições de injustiça e sofrimento. Nas bem-aventuranças o destaque fica aos que são pobres, têm fome, choram e são injustiçados.

Neste percurso, os atores da odisséia do Servidor Publico Municipal, ativo e aposentado, pode identificar-se, consciente e/ou inconscientemente com papeis que se reportam à paixão de Cristo. Os perseguidos, os injustiçados, os que choram e sofrem opressão, os que se empobrecem, os endividados, os discípulos que em torno da cruz dão continuidade aos postulados de salvação, bem como os que lavam as mãos, condenam, os que traem e os doutores da lei.

De tudo fica uma certeza: o fato do cristão não poder compactuar com qualquer tipo de injustiça e passa a ser um dever cristão a mobilização em prol da libertação de toda e qualquer forma de opressão. A conversão simboliza o amadurecimento e a possibilidade de tornar o mundo mais humano.

A maior esperança que podemos tirar da Páscoa é a de que a morte de cruz de Jesus, no momento da ressurreição o transforma na luz para todos os povos. O mal não tem a última palavra, pois a morte do justo sofredor é também a justificação de Deus. A ressurreição nos traz a razão para existir em plenitude, trabalhando sempre em prol de uma vida plena de justiça, verdade e liberdade.

Uma Feliz e Santa Páscoa.

 

Regina de Faria Brito

Presidente

SINDIANÁPOLIS

www.sindianapolis.org/
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