Matéria – 06/11/06 – Neste 7 de Setembro

SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS E SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE ANÁPOLIS

ENEY DE FARIA ARAÚJO

Presidente do Sindianápolis

 

 

NESTE 7 DE SETEMBRO

Por Regina de Faria Brito

 

No dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro às margens do Ipiranga, após uma seqüência de eventos históricos, definiu que era a hora culminante de romper com a metrópole. No alto da colina gritou à guarda de honra: “Amigos, as cortes de Lisboa nos oprimem e querem nos escravizar… Deste dia em diante, nossas relações estão rompidas”. Após arrancar a insígnia portuguesa de seu uniforme, o príncipe sacou a espada e gritou: “Por meu sangue, por minha honra e por Deus: farei do Brasil um país livre”. Em seguida, erguendo-se nos estribos e alçando a espada, afirmou: “Brasileiros, de hoje em diante nosso lema será: Independência ou morte”.

 

Um fato histórico deve ser analisado em todo seu contexto e não simploriamente pelas passagem que o eternizam, mas é justamente este quadro que nos vem dos bancos das escolas e acabam por obscurecer os pequenos fatos que vão se unindo para justificar o grande final. O líder passa a ser um nome que representa o anseio de toda uma geração, mas na realidade a historia é sempre feita por homens e mulheres anônimos. A D. Pedro coube cravar o marco da independência no chão patriótico da história brasileira abrindo as comportas para o ato histórico da independência do Brasil .

Independência é a desassociação de um ser em relação a outro, do qual dependia ou era por ele dominado; É o estado de quem tem liberdade ou autonomia. Aí reside o maior desafio, só seremos realmente livres quando alterarmos o estado de dependência econômica que subjuga a maioria das familias brasileiras. Não só a fome, o desemprego, mas o subemprego e a exploração de todas as formas.

Trazendo esta reflexão com uma lente grande angular e adentrando na situação dos Funcionários Públicos Municipais de Anápolis, subjugados dia após dia a uma incerteza de recebimento de seus proventos, nos perguntamos: Que liberdade é esta dominada pela incerteza de termos os salários pagos a cada mês? Existe realmente autonomia, se o municipio depende de verbas das esferas estaduais e federais para executar qualquer tipo de obra essencial? Até mesmo o pagamento de salários atrasados depende da ajuda externa. Vivemos então uma situação de dependência.

As vezes esta situação fica hilária e só nos resta unir ao coro dos que dizem que o maior problema em nossa esfera municipal é de má gestão dos bens públicos. Se após a Constituição de 1988 que trouxe a descentralizaçao dos poderes para os municipios, mas em contrapartida não lhe deu condições de autonomia, está é uma realidade para os mais de 5.000 municípios brasileiros. Será que todos eles vivenciam esta mesma situação? Uma administração que incha tremendamente sua folha de pagamento, faz, em menos de 150 dias, dois Choques de Gestão, ameaça retirar direitos adquiridos de funcionários efetivos, aumenta sua dívida acumulada e não consegue estabilizar suas finanças. Se assim for cabe-nos afirmar que politicamente houve independência mas ainda temos um grito a ser libertado e que nos asfixia:queremos uma cidade livre e soberana e que trate seus Servidores com dignidade.

Em tempo : Em Assembléia realizada dia 06 de Setembro os funcionarios decidiram realizar uma passeata no dia 13 de Setembro, saindo da Praça do Ancião às 8:00 hs em desagravo à Politica Administrativa em relação ao Servidor Publico Municipal

 

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