E ENQUANTO NOS IRMANAMOS NA COPA……
No ultimo dia 12 de junho, dia dos namorados, houve um evento pouco amoroso no teatro municipal para apresentar o convênio do Ipasgo e aprofundar nas questões relativas ao Plano de Cargos e Salários. O SINDIANÁPOLIS, nem o SINDISAUDE foram convidados. A principio ficamos consternados, mas depois avaliamos que melhor não ser convidado do que receber um convite do Gabinete do Prefeito, estar presente e ser humilhada publicamente como aconteceu no evento do dia 25 de maio quando representando os servidores públicos do município, estivemos presentes à solenidade de criação do Grupo de Trabalho para a Elaboração do Plano de Carreira e instituição do Fundo de Capacitação do Servidor. O discurso esperado era o óbvio, pois a administração só esta efetivando anseios presentes na pauta sindical do qual temos suado sangue para conseguir sensibilizar os detentores do poder. No entanto, aproveitando-se o ato solene e do seu exercício da palavra, fui agredida publicamente com ironias e insinuações, tentando diminuir minha luta e, especialmente, denegrir minha pessoa.
Esperando que isto fosse água passada, percebemos que existe uma maquinação orquestrada para excluir o SINDIANÁPOLIS das mesas de negociações. Mas se ficasse só por ai poderíamos achar que é apenas um problema “pessoal”. Desvelando os fatos percebemos que tudo isto é uma afronta a um sistema democrático de poder. Segundo a Enciclopédia Renascer – democracia (do grego demos, “povo”, e kratos, “autoridade”) é uma forma de organização política que reconhece a cada um dos membros da comunidade o direito de participar da direção e gestão dos assuntos públicos.
Montesquieu, pensador francês, em meados do séc. XVIII, formulou princípios que se transformariam na base do sistema democrático moderno. Em seu livro sobre o principio das leis ele formula três tipos diferentes de governo – o despotismo, a república e a monarquia – fundamentados no temor, na virtude e na honra, respectivamente. Acredito não ser exagero afirmar que o modelo predileto adota na cartilha desta administração está sendo o primeiro. A prática tem confirmado, pois na semana passada, foi enviado para a Câmara de Vereadores um projeto de lei para criação do Fundo de Capacitação sem nenhuma participação dos representantes dos servidores. Não houve nenhuma surpresa a constatação de que o Conselho previsto para deliberar e gerir o fundo é unilateral e político. Não existe nenhum representante dos funcionários, principais interessados na matéria. E então, perguntamos aos nobres vereadores, sem nenhuma magoa, qual vai ser o sistema de valor que os norteará no julgamento deste projeto?
Uma outra questão é colocada – Com que clima estarão avaliando uma matéria que pretende valorizar o funcionário se o bem supremo e de direito constitucional – seu salário esta entrando no terceiro mês de atraso?
Coincidência ou não o Conselho previsto pela lei do ISSA não foi estabelecido e dizem os porta vozes do poder que o Prefeito não vai instituí-lo. Isto já esta ficando reincidente.