AMIGOS e DESAFETOS
na FESTA do CENTENÁRIO.
Nesta semana os comentários sobre a “festa” (???) do centenário esteve presente, prioritariamente, em todos os veículos de comunicação e nas rodas de conversa, em geral. As opiniões, como de praxe, variavam pela escolha entre ser “chapa branca” ou independente comprometido com a verdade dos fatos.
Neste contexto, a frustração do servidor público por não ter à frente de tão esperado momento um gestor que possuísse empatia com sua causa, foi ampliada com o desenrolar dos acontecimentos.
Conhecemos a árvore através de seus frutos e as ações não puderam esconder o sentimento subliminar a elas, pois os eventos foram recheados de ações discriminatórias demonstrando um ressentimento à flor da pele por parte do anfitrião. Outro fato reincidente foi o desrespeito a historia do município. Primeiro em relação à mudança do local das festividades da Praça Bom Jesus que abrigou, nestes últimos cem anos, os grandes momentos festivos da cidade. Segundo em relação à maneira desrespeitosa do ritual de abertura da urna do cinqüentenário. Conforme denúncias de quem por lá esteve, as caixas de vidro que continham o material histórico estavam quebradas em conseqüência da ação antecipada de abertura que caracterizou uma violação da urna que só poderia ter sido aberta no dia 31 de Julho de 2007.
E o que dizer da censura ao material colocado na urna contando o momento atual? Caso estivéssemos sendo governados por princípios democráticos, a liberdade de expressão, o respeito às diferenças, aos direitos individuais e coletivos e a transparência dos atos do executivo municipal mereceria local centralizado. Infelizmente, mais uma vez fomos brindados com o despreparo para gerir a coisa pública e a incapacidade de superação dos sentimentos de vingança que resultou na contraposição dos anseios pessoais aos interesses da coletividade.
Efetivamente já iniciamos a contagem para um novo centenário e a vida continua. No caso dos servidores mais uma etapa da guerra deflagrada contra seu sindicato, instrumento legítimo e independente garantido pela nossa Carta Magna. Foi marcada uma reunião para o Plano de Carreira e Remuneração – PCR para o dia 7 de Agosto, às 10:00 hs na Câmara Municipal de Anápolis. A promessa da administração era de apresentar no dia 23 de maio passado uma proposta deste plano, mesmo porque eles já pagam um consultor com este objetivo. A pergunta que não quer calar: Porque fazer uma reunião de trabalho do funcionalismo no plenário da Câmara? Porque solicitar documentos do Sindicato comprovando sua legitimidade como representante da categoria, sendo que, em abril deste ano, aprovaram com bastante agilidade e em caráter de urgência, o PCR da Procuradoria do Município e as negociações com a Procuradoria foram feitas com entidade associativa, que nem sequer detém legitimidade de representação sindical?
Apenas uma resposta pode explicar tudo isto, “para os amigos os benefícios da lei e para os desafetos, não só os rigores, mas atos de intimidação e perseguição”. Infelizmente estamos falando de uma administração que coloca o servidor efetivo e aposentado nesta segunda lista. Se eu pudesse aqui relatar os diversos atos administrativos arbitrários e as queixas dos servidores que buscam a ajuda do sindicato, com certeza provocaria a indignação geral e cada leitor teria uma idéia mais próxima e verdadeira do que é capaz um coração transbordante de ressentimento e que galga os degraus do poder. Acredito, inclusive, que esta indignação poderia ser o combustível para uma mudança de atitude que nos conduziria a um caminho de libertação desta situação de penúria que permeia nossa cidade em seu centenário.
Regina de Faria Brito
Presidente SINDIANÁPOLIS
www.sindianapolis.org
Na Rádio Manchester – segunda-feira às 9:00h.