Manifestação dos vigias municipais de Anápolis contra corte salarial de 40% determinado pelo prefeito Roberto Naves é marcada por violência e descaso.

Vigias municipais seguem na luta, apoiados pelo SindiAnápolis, em busca de mais um direito cortado pela gestão Roberto Naves. Após receber o pagamento no último dia 28, estes servidores se viram desamparados e enganados com um corte de 40% do adicional de periculosidade que faz parte do pacote de negociação do SindiAnápolis com à administração do município e tinha a garantia dos representantes do executivo e legislativo que não aconteceria o corte sem estudo criterioso, direito de defesa e aviso prévio.

Sem informação, o corte aconteceu e pegou os trabalhadores desprevenidos, pois não esperavam mais este duro golpe, “relatamos em matéria anterior a via sacra que percorremos negociando com vereadores, secretários e representantes do prefeito na tentativa de impedir que os vigias fossem lesados em quase a metade do salário. Este valor de 40% faz muita diferença na mesa de cada um deles”, disse Regina de Faria.
Após a notícia a categoria resolveu manifestar em ato público sua indignação. O sindicato aproveitou a oportunidade para convocar assembleia extraordinária e deliberar sobre a pauta. Infelizmente os trabalhadores foram recebidos mais uma vez com descaso, indiferença e violência gratuita.

Um prestador de serviços, contratado pelo Sindianapolis, que participava da manifestação com o carro de som foi agredido pela segurança pública e o resultado foi um óculos quebrado e várias escoriações. O boletim de ocorrência até a publicação desta matéria não foi registrado em decorrência de compromissos da vítima na capital do estado.

Segundo Regina de Faria, as manifestações estão cada dia mais acaloradas e retratam um posicionamento mais firme da prefeitura contra os direitos dos servidores. A própria presidente foi abordada por um policial ao se dirigir ao andar superior do Centro Administrativo. “Meu sentimento de indignação contra o autoritarismo e desrespeito desta administração só aumenta, pois sou funcionária de carreira e tenho minha história de vida misturada com a história da construção da cidade. Como arquiteta auxiliei a construir o edifício que abriga o Centro Administrativo e hoje presenciando os fatos, só me entristeço. Quando um segurança do prefeito me aborda dizendo que eu só subiria no prédio se ele me acompanhasse, tenho minha liberdade ultrajada. Não sou bandida pra ser conduzida por um policial. A forma como lidam com os servidores é o cúmulo do desrespeito e infração da carta magna. Até quando teremos que lidar com esta intimidação que está adoecendo os servidores?” desabafa Regina Faria.

“O adicional de periculosidade é um direito garantido por lei no ano de 2014, assinado pela Dra. Luciana Garcia e com laudo pericial. Manifestos, mobilizações, atos, é constitucional e pode ser realizado em todos os espaços públicos com ordem e planejamento, como sempre fazemos. Não podemos ser tratados como infratores, somos trabalhadores honestos na luta pelos nossos direitos”, concluiu Faria.

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