Uma notícia balançou as estruturas emocionais e psicológicas dos servidores públicos municipais nesta manhã (30). O salário relativo ao mês de abril já sofrerá os efeitos do aumenta do desconto da alíquota previdenciária do ISSA de 11% para 14% ao mês, afetando diretamente os proventos dos aposentados e pensionistas que não tem reajuste salarial há dois anos.
Este acréscimo, estabelecido pelo governo federal através da Emenda Constitucional 103/2019, foi aprovado no início deste ano na Câmara Municipal pela Lei Complementar 457/2020 respondendo a uma política federal de desvalorização do serviço público no país.
Os sindicatos locais estão há três anos tentando agenda para dialogar com o prefeito de Anápolis sobre os direitos da categoria, já adquiridos, e que não estão sendo aplicados, “foram tentativas frustradas e não houve negociação e êxito nessas demandas. Estamos sem o reajuste salarial e pagamento do benefício da data-base acordado desde 2019, com residual de 2018, não recebemos a data base de 2020 nem a de 2021 e agora sofremos este duro golpe”, relembrou Regina de Faria.
O que mais provocou preocupação nos sindicalistas e servidores é o fato de não haver diálogo com à administração, não estarem sendo contemplados com seus direitos, salário congelado há três anos e em plena pandemia serem surpreendidos com esta notícia.
“A falta de diálogo é algo surreal e um posicionamento muito equivocado de um gestor. Nossa luta foi árdua, com manifestações, caminhadas, concentrações, no período antes da pandemia quando estávamos podendo aglomerar e nada foi resolvido, sequer fomos atendidos pelo prefeito Roberto Naves. Eu entendo o desespero dos trabalhadores que não estão recebendo seus direitos e no entanto, vão ter um aumento no desconto da sua remuneração num momento em que tudo tem aumento e os preços estão pela hora da morte”, desabafou a sindicalista.
De acordo com a Presidente do SindiAnápolis, outra notícia que será muito prejudicial, principalmente para os aposentados, é sobre os critérios adotados a partir de agora, “antes à alíquota era descontada em folhas com valores superiores a R$ 6.433,57 e partir deste mês só não sofrerá o desconto servidores que recebem R$ 1.100,00 que é a minoria dos servidores aposentados. Estamos vivendo um massacre programado”, conclui Faria.