O Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Anápolis – SindiAnápolis, em apoio aos servidores públicos municipais, se solidariza com todos os casos de perseguição política que funcionários de carreira sofrem.
Recebemos diariamente denúncias diversas e de forma imparcial narrando situações de perseguição, assédio, constrangimento, estresse provocado por superiores na intenção de persuadir o servidor.
O último caso ganhou uma proporção maior, pois a funcionária, que há mais de 15 anos trabalha no mesmo local, foi transferida por ter ligações com um grupo político diferente do prefeito e seus aliados. A remoção foi feita de forma arbitrária e sem justificativa formal, deixando de levar em conta as necessidades da servidora, a estabilidade, a facilidade para a execução de suas tarefas sem trazer prejuízos para ambas as partes.
O SindiAnápolis, como representante legal dos servidores e como defensor dos direitos dos trabalhadores atua de forma apartidária e entende, baseando-se nos fatos, que é desnecessária a remoção da servidora em questão, dentro dos princípios legais, éticos e morais, pois a transferência não teve justificativa formal, fato recorrente nesta gestão.
Este não é o primeiro caso.
Os casos são contra o servidor que “não se alinha”, que “não compactua” com as ações desmedidas do administrador público, ou até mesmo que mantenha alguma ligação com outro grupo político que não seja o do chefe do executivo.
O servidor passa a ser sutilmente perseguido para que sirva de exemplo aos demais, com a intenção de a todos silenciar, propiciando um sistema opressor estilo “manda quem pode e obedece quem tem juízo”.
Segundo a sindicalista Regina de Faria, essas perseguições sempre acontecem quando os funcionários não se alinham politicamente ao gestor em exercício, sendo tais atitudes inaceitáveis. O trabalhador pode por motivos justificáveis ser transferido de local desde que avisado previamente e acompanhado de uma explicação justa”.
Cabe salientar que o administrador público deve ter a empatia em colocar as necessidades do servidor na mesa antes de tomar tais decisões, como por exemplo a distância entre a residência e o local de trabalho, os horários, a segurança, as necessidades especiais, dentre outras.
“Eu sofri na pele, por duas gestões, perseguição política e por este motivo me solidarizo ainda mais com os trabalhadores que exercem suas funções criteriosamente e passam por este mesmo problema. Sei o quanto essas decisões políticas afetam a vida profissional e pessoal de cada um, trazendo transtornos irreparáveis. Estamos nesta luta em defesa não só da servidora em questão, mas de todos os que porventura estejam passando pelo mesmo problema dentro da máquina pública” , disse Regina de Faria.
As perseguições chegaram a repercutirem na sessão ordinária de ontem (02 dez.) na Câmara Municipal de Anápolis, quando em uso da palavra na tribuna pelo grande expediente a vereadora professora Geli citou os casos e se solidarizou com o sindicato e os servidores municipais cobrando do prefeito resolução para impedir que as perseguições continuem acontecendo.