PORQUE ESTAMOS EM GREVE
Na Assembléia do dia 17 de novembro, passado, se decidiu por greve geral do funcionalismo público municipal, caso a Administração não quitasse, até 15 de dezembro, os salários de outubro e novembro com o pessoal da ativa e aposentados. Neste momento estamos sem receber o pagamento de outubro, os aposentados, e novembro, todos deixando de lançar no comercio R$ 7.000.000,00, no período tão importante como é o Natal.
Assim, como anunciado na forma da lei, a todos de direito, restou ao Sindianápolis cumprir a determinação dos associados.
Agora, para que a comunidade anapolina saiba, de fato, o que ocorre, faremos uma breve análise da situação:
• O Prefeito, numa atitude deplorável, desconhecendo a autoridade do Sindianápolis como legítimo representante do funcionalismo municipal, disse publicamente que não receberia nem negociaria com a Diretoria. Radicalizou, de início.
• O Prefeito, MENTINDO, usou o nome do TCM, Tribunal de Contas dos Municípios, inventando uma recomendação do mesmo para que se retirasse a VPAN (gratificações) do pagamento do funcionalismo. Esta recomendação nunca existiu! Ele agravou o problema, aumentando a decepção do funcionalismo e criando um clima de terror.
• Quase 1000 cargos comissionados com alguns altos salários de comissões de alguns assessores que ganham como secretario municipal; duplicidade e cargos, funcionários fantasmas, etc;
• Excesso de secretarias municipais;
• Indícios de irregularidades nas contas do Fundef, que culminou no afastamento do secretario municipal;
• Aumento da dívida do Município de R$ 181.782.000,00 (dezembro de 2004) para R$ 219.685.000,00 em 2005, representando 20% de aumento em menos de um ano.
• Superfaturamento de mais de 300% nas obras para escola pública, colocando em dúvida o processo licitatório.
• Irregularidade na contratação da empresa de assessoria contábil, a Ética, que recebeu em dez meses o equivalente a R$ 1.2 milhões.
Estes são apenas alguns dos problemas que tem preocupado o funcionário público que não suporta mais ver o patrimônio público ser dilapidado.
Assim, nos desculpamos com o povo de Anápolis pelos eventuais transtornos que a greve possa causar, ressaltando ser a única forma de que dispomos, agora, para fazer valer nossos direitos. Inclusive o direito – e dever – de bem servir.
Eney de Faria Araújo
Presidente
SINDIANÁPOLIS
SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS E SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE ANÁPOLIS