MOÇÃO DE REPÚDIO
O SINDIANÁPOLIS – Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos Municipais de Anápolis, vem a público comunicar que a Assembléia Geral Extraordinária realizada às 9:00 horas do dia 17 de Novembro de 2005, à Praça Pinto Pontes, Vila Goiás, nesta Cidade, decidiu pela paralisação das atividades no dia 18 de Novembro, como alerta à Administração Municipal, em decorrência da rejeição de toda a classe aos seus procedimentos gerenciais.
OS FATOS
• I. Novembro de 2003 : O Interventor Estadual, Dr. Alcides, passa a gestão do Município ao então Vice-Prefeito, com as folhas de pagamento em dia;
• II. Setembro de 2004 : em campanha à Prefeitura, todos os candidatos, incluindo o atual Prefeito, comparecem ao Sindianápolis para discussão das reivindicações do funcionalismo. Ali se firmam compromissos, fartamente registrados e publicados;
• III. Outubro de 2004 : à véspera das eleições, a folha de pagamento continua em dia. Entretanto, para decepção de todos já em novembro os servidores e funcionários municipais começam a perceber atraso nos pagamentos;
• IV. Novembro de 2005 : o funcionalismo está com duas folhas em atraso, com a perspectiva de chegar ao final do ano com até três folhas sem receber – atenção, senhores comerciantes: isto é uma péssima notícia, caso ocorra.
A QUESTÃO
Por que tanto arrocho?
• O atual Prefeito, contrariando o diagnóstico feito durante a Intervenção, que previa o enxugamento da máquina administrativa, aumentou inúmeras secretarias;
• Algumas delas possuem percentuais de funcionários comissionados superiores a 60%, somando estes, mais de 700 cargos, na maioria preenchidos de forma ilegal. A lei prevê e admite cargos em comissão apenas para postos de direção e assessoramento superior. O que se vê é uma generalização e banalização do uso desta prerrogativa. Cargos se tornaram moeda de negociação política e favorecimento de grupos próximos ao poder. Pessoas que efetivamente não prestam quaisquer serviços à coletividade, recebem o dinheiro que falta ao cumprimento das obrigações da atual Administração. Apesar de inúmeras denúncias, continuam as contratações indiscriminadas, às vezes com altos salários;
• Com o falso pretexto de redução de despesas, contrariam disposições legais, também, retirando do pagamento dos efetivos, verbas adquiridas por direito indiscutível, motivando o recurso à Justiça, para que se restituam tais cortes;
O RESULTADO
Não vendo outra forma de demonstrar o repúdio do funcionalismo, e na intenção de esclarecer a COMUNIDADE ANAPOLINA, decidimos pela paralisação de hoje, como alerta à Administração.
Queremos prestar os melhores serviços, para os quais todos contribuem com o pagamento de impostos, porém não recebem a contrapartida esperada, pela falta de sensibilidade dos administradores.
Finalizando, desejamos, sinceramente, que as paralisações programadas pela Assembléia de ontem não sejam necessárias, com o cumprimento, pelo Município, de suas obrigações básicas.
SINDIANÁPOLIS